quinta-feira, 13 de agosto de 2009

CRIANÇAS PERSEGUIDAS, MILHARES ASSASSINADAS.

Em 1987, o governo muçulmano do Sudão anunciou que mataria todas as crianças do sul independente da idade. Elas eram mortas, cortadas, despedaçadas com a brutalidade e os meninos tinham os testículos furados com agulhas para ficarem estéreis. Outras eram trancadas dentro de casas e incendiadas vivas.
Milhares de crianças tiveram que se separar de seus pais tomando cada um, caminhos diferentes em uma tentativa desesperada de escapar da morte. Depois dos ataques às aldeias elas começaram a fugir sem os pais, 27 mil crianças de 5 a 10 anos de idade entraram no deserto subsaariano marchando rumo à Etiópia em busca de segurança. Para sobreviver formaram famílias entre si para cuidarem umas das outras, os mais velhos que tinham no máximo 12 anos ou 13 anos de idade assumiam o papel de paternidade dos mais jovens, ajudando os nesta jornada mortal.
Em sua trajetória pelo deserto não tinham comida, nem água, nem sombra. Fugiram sem nada. Muitos morreram de fome ou sede. Como não tinham água para beber eles comiam a lama que encontravam, ou esperavam alguém urinar para beber a urina. Durante a jornada pelo deserto, tiveram que sobreviver a ataque de leões e hienas, além dos bombardeios do governo árabe do norte. Ao chegar à Etiópia, os sobreviventes tiveram três anos de relativa calma. Mas quando o governo da Etiópia caiu em 1991, eles foram forçados a fugir de novo, dessa vez, através do Sudão rumo ao Quênia.
Em 1992, organizações internacionais souberam sobre um grupo de meninos viajando pelo deserto. Montaram uma operação de resgatar na fronteira do Sudão e esperaram. De repente, avistaram milhares de crianças surgindo no horizonte. Eram pele e osso. Quando chegaram, seu número havia reduzido para 12 mil. Eles tiveram que caminhar dessa vez cerca de 2 mil quilômetros a pé, saindo da Etiópia, atravessando o Sudão, até chegar a Kakuma no Quênia. Seu êxodo terminava após cinco anos de uma vida sem perspectiva.
O campo de refugiados deu alguma segurança a eles, rações de sobrevivência, roupas doadas, educação básica e algum tratamento médico. Essas crianças cresceram se tornam homens, vivendo dentro deste campo por cerca de 13 anos. Suas necessidades físicas foram parcialmente supridas ao longo destes anos, sendo que os suprimentos fornecidos pela ONU, como comida, por exemplo, nem sempre estavam disponíveis pela falta de investimento.
Após o acordo de Nairobi de 2005, esses meninos-homens começaram a retornar para seu país de origem, sem esperança do que poderiam fazer em sua nação arrasada.
(Tirada da Revista MCM 5ª edição abril 2009)

Nosso primeiro chamado é para sermos intercessores, e como ministros de crianças vamos orar pelas crianças de todas as nações.
Chame à existência casais sudaneses cristãos com o coração para receber órfãos em suas casas e recursos financeiros para o suprimento de todas as necessidades
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